... desejos de menina, realidade de mulher,

sonhos esquecidos,na memória do que fui...





Sim, o tempo é apenas um pedaço de sonho ou de pesadelo... de alegria ou de tormento...

O tempo é tudo o que não podemos fazer voltar atrás!

E nós... vamos passando por ele...





Olha bem para mim
Consegues ver?
Não sei, se por ser um anjo bom
Ou...
... se por gostar de sofrer

Hoje, morri mais um bocadinho...!





Ainda que eu gritasse bem alto
Sei que não me ouvirias...

Por isso
Calo o meu grito...

... que os meus lábios consentem

... sabendo-te infinitamente
Presente
No meu pensamento...



Palavras que fogem do peito... descem silenciosamente a escada, de um sentir... Maior. À superfície do olhar, a flor plantada... no jardim eterno da alma...


Palavras que me ofereceram num comentário e que me tocaram especialmente

 


Percorro os becos escuros
As vielas estreitas
Das minhas incertezas

Procuro-me...


Não procuro nada nem ninguém...

Passeio-me pela vida

... voando ao sabor da brisa que me leva nas asas do tempo...

Agarrando com ambas as mãos

... cada momento...



(...) ainda assim
por mais que não queira
pensar

... no vazio
em que me deito...

Prefiro a loucura da paixão
... à sabedoria da indiferença!


Sou um palhaço
Neste circo da vida
Nem rico
Nem pobre

Apenas um palhaço...


Umas vezes rio
Outras choro

Umas vezes encanto
Outras espanto!
E são tantas as vezes
Que me sinto
...tão só.


Expectante
Inclino-me sob o abismo dos meus anseios
Olhando o vazio do horizonte
Que se estende para lá daquilo que os meus olhos conseguem alcançar...


Memórias que o tempo não apagou...
Apenas amareleceu o papel, desvanecendo a cor da tinta...


Hoje
É o primeiro dia do resto da minha vida...

Não mais me perderei em falsas ilusões
Nem elevarei ao topo as minhas expectativas...

Já provei do mel e do fel...
Por isso
Viverei cada instante como se fosse o último.

Guardadores de silêncios..





Guardiões de segredos
Dos silêncios que calam
Desejos…
E das palavras
Que nem ousam
Por eles passar...



Um Amor maior que permanecerá por todo o sempre... mesmo para lá da eternidade, quando os corpos já não o forem e apenas uns leves grãos do seu pó, se elevem no ar, com um leve sopro de alma...


Ser feliz
É elevar o olhar
E poder ver para além das nuvens
O sol
Que embora sempre lá tenha estado

Não se mostrou

A cegueira não deixava…

Que os seus raios a penetrassem
Para nos iluminar o sorriso...


O sol

O vento

O frio

Cruéis ferramentas

Que construíram

A obra (im)perfeita

Da arquitectura do tempo...



Se por acaso me vires por aí
Finge que não me vês


Pois já não sou ninguém...
Já não pertenço a este mundo...


Vagueio pelos lugares que conheço
É difícil separar-me deles…


Não digas a ninguém que me viste
Não sigas a minha sombra


A porta está aberta
Mas ainda não é a tua vez!


Enquanto navegava por este mar de palavras
Perdi-me num cemitério...
Encontrei-me com a sua alma
Que me levou à beira daquela campa e me contou o motivo da sua morte.

Tinha morrido ontem...


Todos os dias
Abro esta janela
Que me enche a alma de luz

E me devolve a vida
Que um dia julguei perdida...


A morte...
É a única certeza da vida.
A incerteza...
... está no tempo que ela demora a chegar!


Vontades urgentes
Caprichos do momento
Falsas emoções...

Expectativas... desleais!

São gumes afiados
Que se enterram na alma
Que tudo sofre em silêncio...


As palavras desfizeram-se... de mim...
Tornando-se no pó
... que me serve de mortalha!


A mulher

É o maior de todos os mistérios...

Que alguns homens

Não conseguiram desvendar ainda!




Há olhares enigmáticos
Que nos penetram até à alma
Desnudando-nos de segredos...


Ninguém me avisou
Que um dia acordaria, só...
... do meu sonho de menino.

... e por vezes tão só
na minha vida
no meu querer...

que só tenho o meu sofrer!



O Paulo complementou tão bem o meu pensamento



Toquei-te pela primeira vez
Primeiro ao de leve
Para sentir a seda
O calor da tua pele...

Depois
Acariciei-te com ternura
Num abraço apertado
Da minha mão enorme
Envolvendo a tua

Tão pequena
Tão frágil...


Subir a calçada íngreme
Carregando a pesada mala da vida
Sem a ajuda que mereciam...

Torna o Inverno mais triste ainda!




Sou a vitamina que te faz bem!

Mas tem muito cuidado
Pela manhã, sou de ouro
De tarde, sou de prata
E à noite... quem sabe, não mata?!



Bebe-me
Come-me
Saboreia-me...

Sem casca
Sem caroços

Mas não te descuides nas horas...

Está escrito no olhar
Com traçados medonhos...
O tempo roubou-lhe o liso da pele
E cavou socalcos na carne
Por onde correram rios de sal
Secando-lhe a fonte dos sonhos...


Embalei-me no teu poema de amor

E adormeci…

Nem cheguei a provar o sabor do pecado !


Imaginei-me em cima do teu alado dorso
Cavalgando para lá do infinito...
Ao largo do buraco negro do tempo
Onde as estrelas seriam
Os archotes que nos iluminariam
Esse desconhecido caminho…





Ser diferente

É ousar!


É vestir cor – de - rosa


Nos dias em que se o usa o cinzento...




Repouso o meu olhar

Sobre tão belo quadro

Feito de água

Feito de sonho...

Escuto o seu sussurro

Que me delicia os ouvidos

Enquanto espero

Por novas de além - mar...





Mesmo sendo de papel

Giram em torno do sol...

Gosto de coisas que me sorriam

Que me alegrem os dias...





Existe um arco íris no meu céu azul...

Pincelado de pétalas amarelas
Em cada manhã de Inverno
Que resolve vestir-se de Primavera...



No mar dos teus olhos
Quase que consigo ver os peixes
Que nadam nas águas salgadas
E sufocam de tristeza...