Quando o nevoeiro se dissipar e deixar a descoberto o rio onde nadam os teus olhos, prometo que estarei na margem, à espera do teu regresso...


As palavras são as teias que nos prenderam e envolveram numa espécie de baloiço em suspenso, no vácuo das nossas vidas. Com elas criámos os laços com que nos abraçamos. É às palavras que devemos a razão da nossa história, a mesma que hoje, passados alguns anos, celebramos sem as grandes euforias do início, mas com a serenidade que ganhamos ao longo do tempo e que se traduz na ternura de um sentimento maduro.Sem elas, não saberíamos das nossas existências nem as mesmas se teriam cruzado naquele dia. E, mais importante do que tudo, jamais teríamos provado o sabor que tem um novo sentido da vida. A vida que partilhamos lado a lado, ainda que a distância nos separe no dia a dia...



Pouco importa
O que fui
O que sou
Ou o que porventura
Venha a ser
Se o que sinto
Em certos momentos
É uma falta
Um vazio
Uma solidão sem fim...


A serenidade de um fim de dia, pincelado com as belas cores do crepúsculo, inundando de magia um simples momento que nos fica na retina...