Enquanto navegava por este mar de palavras
Perdi-me num cemitério...
Encontrei-me com a sua alma
Que me levou à beira daquela campa e me contou o motivo da sua morte.

Tinha morrido ontem...


Todos os dias
Abro esta janela
Que me enche a alma de luz

E me devolve a vida
Que um dia julguei perdida...


A morte...
É a única certeza da vida.
A incerteza...
... está no tempo que ela demora a chegar!


Vontades urgentes
Caprichos do momento
Falsas emoções...

Expectativas... desleais!

São gumes afiados
Que se enterram na alma
Que tudo sofre em silêncio...


As palavras desfizeram-se... de mim...
Tornando-se no pó
... que me serve de mortalha!


A mulher

É o maior de todos os mistérios...

Que alguns homens

Não conseguiram desvendar ainda!




Há olhares enigmáticos
Que nos penetram até à alma
Desnudando-nos de segredos...